MAS O QUE É PÁSCOA?
Na nossa escola trabalhamos o tema com histórias infantis, brincadeiras,
conversas na rodinha,artes, culinária, de maneira que a criança entenda
um pouco sobre a amizade, sobre a importância de compartilhar.
Mas todos sabem como surgiu a Páscoa? Ela é apenas uma festa onde
as pessoas trocam chocolate, comem bacalhau, reúnem a família?
Então vamos entender um pouco sobre isso.
Os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó passaram mais de quatrocentos
anos escravizados no Egito, e Deus decidiu libertá-los dessa escravidão através
Moisés, que atendendo ao seu chamado, foi ter com Faraó, transmitindo-lhe a
mensagem divina: “Deixa ir meu povo para que me sirva”. A fim de provar a
Faraó a vontade divina, Moisés invocou pragas contra o Egito. As pragas
começaram a ser lançadas, mas assim que se cessavam Faraó continuava a
mantê-los escravos contra a vontade de Deus. Assim, a décima e última praga
fora lançada - Deus enviou um anjo destruidor através da terra do Egito a fim
de ceifar a vida de todo primogênito. Entre os israelitas cada família deveria tomar
um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito, e sacrificá-lo ao entardecer
do dia quatorze do mês de Abibe; as famílias menores poderiam dividir um único
cordeiro. Parte do sangue do cordeiro sacrificado deveria ser passada nas
ombreiras e na verga da porta de cada casa. Assim, o anjo, ao passar por
aquela terra, passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue sobre elas
– daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”,
“passar por cima” ou “poupar”. Assim, os israelitas foram protegidos da morte,
através do sangue do cordeiro morto. Naquela noite os israelitas deveriam estar
preparados para viajar. Eles deveriam assar o cordeiro, preparar ervas amargas
e pães sem fermento (na Bíblia, o fermento simboliza, normalmente, o pecado e a corrupção). O povo deveria estar pronto para a refeição ordenada ao anoitecer,
a fim de partir apressadamente. O povo de Deus, a partir desse momento
da história, passou a celebrar a Páscoa em toda primavera.
Nos tempos do Novo Testamento, os judeus (israelitas) observavam a Páscoa
da mesma maneira. Jesus, aos doze anos de idade, foi levado a Jerusalém por
seus pais para a celebração da Páscoa e posteriormente participou dessa
celebração em Jerusalém a cada ano. A última ceia de que Jesus participou
com seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi a refeição da Páscoa.
Para os cristãos, a Páscoa tem o propósito de lembrar a salvação em Cristo e
da redenção do pecado e da escravidão ao mal, pois Jesus foi crucificado na
Páscoa, como cordeiro pascoal que liberta do pecado e da morte todos
aqueles que nEle creem.
Mas e os coelhinhos?
Parece que o coelhinho remete a contos folclóricos de fertilidade
bem antes de Cristo aparecer na história do mundo! A lebre, o
coelho e os pássaros serviam de símbolos pagãos representativos
de vida nova e da primavera (a estação da Páscoa no hemisfério
norte). Ninguém sabe ao certo como, mas de um jeito ou de
outro o simbolismo do coelho se misturou ao dos pássaros, gerando
o absurdo conto do coelho que bota ovos!Na primavera, no
hemisfério Norte, os coelhos se preproduzem e são muito férteis.
Estão sempre presentes na época da Páscoa. O Brasil fica no
hemisfério Sul e estamos no outono. Além do mais não temos
coelhos por aqui. E o primeiro coelhinho da Páscoa ‘comestível’
foi feito no início de 1800. Conta a lenda que ele era feito de
açúcar. Aqui no continente americano, o coelhinho da Páscoa
foi introduzido à cultura popular em 1700, pelos alemães.
Os ovos, símbolo da fertilidade, eram cozidos, pintados,
decorados e distribuídos às pessoas queridas, mas o comércio
transformouessa prática em algo mais gostoso com o chocolate.
coelhinhos da turma da Mulan agIII C
Tradições de Páscoa ao redor do mundo
Nos Estados Unidos, na véspera da Páscoa, as crianças costumam deixar pedacinhos
de cenouras pela casa para que o coelhinho da Páscoa as encontre no dia seguinte.
Na Austrália, os coelhos não são bem vindos. Eles são aliás, vistos como pestes! Lá,
a tradição é do “Bilby de Páscoa”, uma espécie de marsupial australiano. O
interessante é que o coelho é um símbolo de fertilidade, mas o tal do Bilby, coitadinho;
está ameaçado
de extinção!
Na Hungria, as crianças preparam ninhos para os coelhos deixarem os ovos e outros
presentinhos ali dentro!
Na França e na Bélgica, os ovos não são trazidos pelo coelho, mas caem do céu. São
deixados por sinos de Páscoa com asas. Parece que os sinos tocam na Sexta-Feira
Santa, em respeito à morte de Cristo. Então, no sábado eles soam novamente,
simbolizando a ressurreição. Diz a tradição que os tais sinos de Páscoa voadores,
vão para Roma na sexta, e voltam, no sábado, cheio de ovos que eles vão deixando
pelo caminho!